quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sem Ver

Simplesmente estou com um vazio no estômago, um frio na barriga. Tudo culpa da saudade que estou sentindo Dela. Sempre que penso em qualquer coisa, evento, vontade, é inevitável, ou imprescindível?, que Ela esteja envolvida.

Cada passo que firmo, questiono se a Danada que caminha sobre minha vida caminhará comigo, ainda que em calçadas sinuosas, num andar trôpego. Nada será bom para mim se não for especial para Ela. Muitas vezes me assusto com isso, tento compreender, mas o único entendimento que me acomete é que tudo deve ser, e é, como é.

Não me cabe saber, resta-me sentir e seguir. Ainda agora e hoje e depois, olho para Ela e me surpreendo com Sua presença, Seu sorriso, Sua voz, Seu expresso amor expresso. O qual não alcanço o sentido exatamente, reitere-se. Que não importa se compreendo, ademais. Não importa, sequer, que seja arrazoado, posto que sempre buscamos sobriedade de vida.

Gosto Dela à distância que se esvai, quando chegamos devagar a nos encontrar, os olhares que se cruzam pela primeira vez outra vez, o sorriso que apenas se insinua, a espera na iminência de seu fim, os últimos metros que se cumprem, os cheiros que se emanam e se enlaçam no círculo fechado de Seu abraço.

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