E assim... eu me vejo aqui.
Sem modelo, sem apelo. Eu simplesmente estou aqui.
Parece que foi uma queda. Quem é o responsável?
Vai ser fácil dizer que fui eu. E fui. Mas não fui. Eu apenas não sabia.
Sou responsável por minha ignorância. Uma afirmação ou um questionamento?
Sempre será uma questão.
E agora sou isso que sou, sem escolhas ou planos. Talvez minha última oportunidade de planejar algo. Para um fim digno, pois não pertenço, ainda, à geração imortal. Até que o sol se apague.
Se eu sou finito, o que eu tenho não é o bastante? Como pode não ser?
A finitude torna tudo emergencial, mas as pessoas creem no eterno para não digladiarem com seu fim, e tudo parecer adequado. Afastamos a urgência e ganhamos o agora, que um dia será o amanhã e o hoje.
O estigmatismo do presente. Eu sofro disso. Quem não? Lisonjeiramente clamam de burrice. E eu compartilho dela.
Assim, onde estou em mim mesmo? Tenho um conceito? Ou menos, tenho uma ideia?
(pausa para pensar...)
Pouco fiz, nada entendi.