quinta-feira, 26 de agosto de 2021

E Assim...

 E assim... eu me vejo aqui.

Sem modelo, sem apelo. Eu simplesmente estou aqui.

Parece que foi uma queda. Quem é o responsável?

Vai ser fácil dizer que fui eu. E fui. Mas não fui. Eu apenas não sabia.

Sou responsável por minha ignorância. Uma afirmação ou um questionamento?

Sempre será uma questão.

E agora sou isso que sou, sem escolhas ou planos. Talvez minha última oportunidade de planejar algo. Para um fim digno, pois não pertenço, ainda, à geração imortal. Até que o sol se apague.

Se eu sou finito, o que eu tenho não é o bastante? Como pode não ser?

A finitude torna tudo emergencial, mas as pessoas creem no eterno para não digladiarem com seu fim, e tudo parecer adequado. Afastamos a urgência e ganhamos o agora, que um dia será o amanhã e o hoje.

O estigmatismo do presente. Eu sofro disso. Quem não? Lisonjeiramente clamam de burrice. E eu compartilho dela.

Assim, onde estou em mim mesmo? Tenho um conceito? Ou menos, tenho uma ideia?

(pausa para pensar...)

Pouco fiz, nada entendi.

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